Choke Point
“Ponto de estrangulamento” (choke point) é uma expressão militar para definir um desfiladeiro, vale, ponte, enfim, qualquer passagem por terra, mar e ar perigosa porém obrigatória ao invasor e que pode e deve ser protegida pelo defensor se quiser conter o avanço do inimigo. Historicamente, o mais famoso foi o desfiladeiro das Termópilas usado pelos gregos para conter o avanço dos persas (Heródoto, século V a.C.).
Operation Choke Point
Publicada pelo Wall Street Journal em agosto de 2013, a Operação Choke Point foi uma iniciativa do Departamento de Justiça dos EUA para investigar bancos e negócios financeiros diversos e suas conexões com “atividades de alto risco”.
Crypto Operation Choke Point 2.0: Alvo são empresas meio de pagamento, bancos, corretoras e exchanges do Mercado Crypto
Em seu artigo Managing Risks in Third-Party Payment Processor Relationships (“Gerenciando Riscos em Empresas Meio de Pagamento Terceirizadas”, em tradução livre), o The Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) classifica as “atividades de alto risco”, principalmente as fintechs.
Montax Inteligência acredita que, ao recrudescer sua luta contra alguns bancos e empresas meio de pagamento, o governo dos EUA reduz atividades criminosas e a lavagem de dinheiro delas decorrentes, mas, essa batalha pode estrangular indústrias legítimas e matar economias consideradas sólidas que negociam com empresas não adequadas a cultura ESG.
Onde tudo começou?
Estudiosos das Ciências Políticas, da Ponerologia e quaisquer outras Ciências Sociais podem até tentar, mas, dificilmente vão apontar com exatidão o Ator (pessoa ou organização) ou momento ou causa primária de uma ideia ou pensamento que deu origem a um fato político, militar ou histórico. Mormente quando ignoram as causas materiais e econômicas que geraram uma ambição ou ganância ou insatisfação que representam o fio condutor ao evento no qual ninguém pode ignorar e muitos de nós foram impactados. Quanto a Operation Chok Point (USA), que acreditamos influenciou a Operação Lava Jato (Brasil), começou com a eleição do democrata Barack Obama, em 2008, e tem no artigo publicado The Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) americano, Managing Risks in Third-Party Payment Processor Relationships (“Gerenciando Riscos em Empresas Meio de Pagamento Terceirizadas”, em tradução livre), em 2011.
Esse artigo alertou naquela época, logo após a criação do Bitcoin e o início da indústria financeira cripto, para o que o FDIC chamou de “um aumento no número de relações de depósito entre instituições financeiras e terceiros processadores de pagamento e um correspondente – aumento dos riscos associados com esses relacionamentos […] Relações de depósito com processadores de pagamento pode expor as instituições financeiras a riscos não presentes em relacionamentos comerciais típicos com clientes, incluindo maior estratégia, crédito, conformidade, risco de transação, legal e de reputação. Foi por esse motivo que, em 2008, o FDIC emitiu o Guia sobre Relacionamentos do Processador de Pagamentos, que descreve princípios de mitigação de risco para esse tipo de atividade de alto risco. Embora muitos processadores de pagamento efetuar transações de pagamento legítimas para uma variedade de comerciantes respeitáveis, um número crescente de processadores estão iniciando pagamentos para operadores de telemarketing abusivos, online enganosos comerciantes e organizações que se envolver em atividades ilegais […]”.
Um “processador de pagamento” ou empresa meio de pagamento, ou ainda, empresa braço-financeiro, é um terceiro ou fornecedor que auxilia empresas na conversão e transporte de valores aceitando variadas formas de pagamento como vários cartão de crédito, cartões de débito, depósitos e transferências bancárias, de um país para outro, quer de moedas fiduciárias (governamentais) quer de moedas privadas (Bitcoin e outros ativos virtuais), sejam das finanças centralizadas (governos) sejam das finanças descentralizadas (DeFi).
Em suma, processadoras de pagamento são plataformas globais de infraestrutura de pagamento online que facilitam compras internacionais pela Internet.
Empresas dos EUA mais conhecidas são PayPal, Payline Data, Stripe, Payment Depot e Square.
Com a Revolução Digital, Blockchain & Cripto™ – Moedas Privadas e Finanças Descentralizadas, esses serviços se multiplicaram. Eles estão em praticamente tudo que é ofertado, vendido ou entregue pela Internet.
Ainda em 2011 o FDIC considerava como “pagamentos de alto risco” aqueles realizados por processadoras de pagamento para cobranças de bens e serviços de “comerciantes de má reputação” que vendiam “produtos questionáveis ou fraudulentos” ou envolvidos como “táticas de vendas enganosas, como telemarketing agressivo ou sedutor e anúncios pop-up enganosos em sites”. Exemplo, sites que oferecem informações “grátis” e pedem dados de cartões de crédito ou cobram “frete”, jogos de azar, venda ilegal de tabaco na Internet etc.
Agora em 2023, está em curso a Operation Choke Point 2.0 que mira bancos, corretoras e exchanges que operam no Mercado Crypto. E vem causando estragos…
Segundo o especialista em Bitcoin Nic Carter havia alertado dia 9 de fevereiro de 2023, o governo dos EUA está “silenciosamente tentando banir as criptomoedas”, listando 14 ações do governo dos EUA realizadas entre 6 de dezembro de 2022 e 8 de fevereiro de 2023 que revelavam o que ele chamou de “Crypto Choke Point 2.0”, no caso
1- Em 6 de dezembro de 2022, senadores enviaram uma carta ao banco Silvergate, repreendendo-os por fornecer serviços para a FTX e Alameda Reserach (TODOS FALIRAM RECENTEMENTE).
2- Em 7 de dezembro de 2022, o banco Signature anuncia sua intenção de reduzir pela metade os depósitos atribuídos a clientes de criptomoedas. (BANCO FECHADO LOGO APÓS A FALÊNCIA DO SILYCON VALLEY BANK)
3- Em 3 de janeiro de 2023, o Fed, o FDIC e o Office of the Comptroller of the Currency (OCC) divulgaram uma Declaração Conjunta sobre Riscos de Criptoativos para Organizações Bancárias (RECADO DADO).
4- Em 9 de janeiro de 2023, o Metropolitan Commercial Bank anuncia o desligamento total de sua vertical relacionada a criptoativos (SINAL CLARO DE BANIMENTO).
5- Em 9 de janeiro de 2023, as ações do banco Silvergate caíram para US$ 11,55 devido a corridas bancárias e temores de insolvência, tendo sido negociadas a US$ 160 em março de 2022 (FALIU AGORINHA).
6- Em 21 de janeiro DE 2023, a Binance anuncia que, devido à política do banco Signature, eles processarão apenas transações fiduciárias acima de US$ 100.000 (RESTRIÇÕES ANTES DA “QUEDA” DO SIGNATURE).
7- Em 27 de janeiro de 2023, o Federal Reserve nega o pedido de dois anos do banco-cripto Custodia para se tornar membro do sistema do Fed, citando riscos de “segurança e solidez” (ESSE É OUTRO BANCO QUE ESTÁ “NA PORTEIRA”).
8- Em 27 de janeiro de 2023, a filial do Fed de Kansas City nega o pedido do Custodia para uma conta mestra, o que lhe daria a capacidade de usar serviços de pagamento por atacado e manter reservas diretamente com o Fed (AGORA ESTÁ “NA PORTA”).
9- Em 27 de janeiro de 2023, o Fed emite uma declaração que desencoraja os bancos a manter criptoativos ou emitir stablecoins e amplia sua autoridade (RECADO DADO II).
10- Em 27 de janeiro de 2023, o Conselho Econômico Nacional dos EUA divulga uma declaração de política, desencorajando fortemente os bancos de realizar transações com criptoativos diretamente ou manter a exposição a depositantes de criptos (RECADO DADO III).
11- Em 2 de fevereiro de 2023, a unidade de fraude do Department of Justice (DOJ) anuncia uma investigação sobre o Silvergate em relação às suas negociações com a FTX e a Alameda (AQUI OS INVESTIDORES QUALIFICADOS IDENTIFICARAM UM PROBLEMA GRAVE, GERANDO A CORRIDA AOS BANCOS E A FALÊNCIA RECENTEMENTE PUBLICADA).
12- Em 6 de fevereiro de 2023, a Binance suspende as transferências bancárias em USD para clientes de varejo (FALTA DE LIQUIDEZ OU CRISE DE CONFIANÇA?).
13- Em 7 de fevereiro 2023, a declaração do Fed de 27 de janeiro é inserida no registro federal, transformando a declaração de política em uma regra final, sem revisão do Congresso ou período de aviso e comentário público (RECADO VIROU LEI).
14- Em 8 de fevereiro de 2023, os pedidos da Protego e da Paxos para seguir o Anchorage Digital Banke, o primeiro banco de criptomoedas a conseguir aprovação para se tornar um Banco Fiduciário Nacional, ainda pendentes (após o prazo de 18 meses) e parece provável que sejam negados em breve pelo OCC (ATÉ AGORA, A PAXOS QUE HAVIA CONSEGUIDO APROVAÇÃO “CONDICIONAL” EM 21 DE ABRIL DE 2021 E A PROTEGO, EM 5 DE FEVEREIRO DE 2023, AINDA NÃO HAVIAM SIDO APROVADOS SEM RESTRIÇÕES).
Então… O que isso tem a ver com o meu negócio e como isso pode me prejudicar?
Fique conosco que você vai aprender como a Inteligência Financeira pode ajudá-lo a se proteger e tentar escapar da crise financeira e, quem sabe, ainda lucrar com ela. Então vamos lá!
O que você vai ler aqui
1- Operation Choke Point 2.0
2- Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), o que é?
3- Bancos, o ponto de estrangulamento
4- Atividades de risco climático, o “herege” da vez
5- Empresas braço-financeiro de organizações criminosas devem ruir
6- Contrainteligência Financeira dos EUA em ação
7- Como lucrar com a crise financeira e a Crypto Operation Choke Point 2.0
Operation Choke Point, como proteger seu negócio e ainda tirar proveito da crise do sistema financeiro
1- Operation Choke Point 2.0
A Operation Choke Point 1.0 de 2011 visava, conforme relatamos, bancos e processadoras de pagamentos online com negócios fraudulentos ou “atividades de alto risco”, assim classificados as atividades econômicas de indústrias como a de produção e compra e venda de armas de fogo e munições, operadoras de caixas eletrônicos, corretoras de valores, exchanges, casas de câmbio e negociantes de moedas fiduciárias e ativos virtuais em geral, serviços de encontros do tipo Tinder, OnlyFans e quaisquer outras empresas de serviços online de relacionamentos, apetrechos para o consumo de alcool, tabacos e outras drogas, fogos de artifício, assistência social privada (ONGs), casas lotéricas, financeiras e empresas de empréstimo consignado, lojas online de remédios e produtos farmacêuticos, materiais de publicidade e conteúdo político-partidário, equipamentos de espionagem etc. A intenção era persuadir os bancos a recrudescer suas práticas de Governança, Gestão de Riscos & Compliance a não fazer negócios com indústrias que não atendam aos padrões americanos de normas de proteção do meio ambiente, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em Inglês).
2- Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), o que é?
Você já trabalha com Compliance e Mitigação de Riscos já deve saber o que é Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), mas, você sabe como essa política pode ser utilizada para afetar o seu negócio? Imagine que você é uma mulher da Europa do século XV, que não casou porque não tinha homens suficientes (muitos morreram na guerra). O tempo passa e você é obrigada a colher frutas silvestres e raízes para sobreviver. Sozinha, decide ter a companhia de um gato. Assim como você, outras mulheres gostariam de se casar ou ter um companheiro para dividir as tarefas da vida, elas são a concorrência. Ameaçadas, um delas poderia acusá-la de “bruxaria”. Do dia para a noite sua vida mudaria com a simples acusação de “heresia” pelo Tribunal do Santo Ofício, mais conhecida como Inquisição. Ao longo do tempo e do espaço, os governos criam políticas e promovem campanhas midiáticas com palavras-chave como “comunistas”, “traficantes”, “pedófilos”, “garimpeiros” (essa é polêmica), para perseguir opositores e dificultar a defesa e o contraditório. Com relação a política ESG, sua intenção é boa, mas, pessoas ou organizações concorrentes e mal intencionadas podem acusar sua empresa ter uma política de Compliance deficitária ou de negociar com clientes, fornecedores e terceirizados diversos que praticam condutas inadequadas do ponto-de-vista ambiental, social e de governança corporativa. Empresas que em sua cadeia produtiva utilizaram de mão de obra análoga a de escravos ou mão de obra infantil ou que danificam o meio ambiente são um exemplo de infratores “de alto risco”. Negociar com eles pode ser considerado “heresia” em tribunais ESG do mundo todo.
3- Bancos, o ponto de estrangulamento
Independentemente de sua opinião econômica ou política, em algum momento você já precisou de um banco como todos nós precisamos de Internet hoje em dia. Bancos não têm todo o dinheiro descrito em seus balanços como depósitos de clientes, senão uma parte disso, o chamado Sistema de Reserva Fracionária, daí uma crise de confiança pode levar os consumidores a uma corrida aos bancos para sacar depósitos em dinheiro, resultando em sua falência. O caso da recentíssima falência do Silicon Valley Bank (SVB), o banco das empresas de tecnologia (startups) ilustra bem isso. O SVB prece ter causado sua própria ruína pela ganância ao comprar em 2019 e 2020 títulos da dívida pública americana (bonds) de longo prazo porque pagavam taxas de juros de 3% ao ano. o SVB não contava com a Covid-19, a emissão desenfreada de papel moeda, a inflação de 2 dígitos, o aumento dos juros pelo FED para contar a inflação que o próprio governo dos EUA criou e a consequente perda do valor desses bonds. Na minha humilde opinião quem causou a falência do SVB foi o governo dos EUA, que o rebatizou Deposit Insurance National Bank of Santa Clara, para mandar um recado aos bancões americanos, especialmente o JPMorgan Chase, Citigroup, Bank of America e Wells Fargo. A Declaração Conjunta sobre Riscos de Criptoativos para Organizações Bancárias assinada pelo FED, FDIC e OCC em 3 de janeiro de 2023 foi o estopim da “Cryto Operation Choke Point 2.0” contra bancos, corretoras e quaisquer instituições financeiras que negociem com as DeFi e o Mercado Crypto. Como o próprio nome diz, o objetivo do governo dos EUA não é atacar o Bitcoin e outros ativos virtuais e as finanças descentralizadas – portanto quase impossíveis de serem fiscalizadas e regulamentada s-, mas, estrangulá-las justamente no momento da conversão dólar versus moedas estrangeiras ou moedas fiduciárias versus criptomoedas das empresas processadoras de pagamento ou meios de pagamento terceirizados, inclusive os bancos. O próximo alvo seriam as empresas de “atividades de risco climático”.
Bancos envolvidos direta ou indiretamente com o Mercado Crypto como o Silicon Valley Bank (SVB), o banco das empresas de tecnologia (startups), podem ter sido usados pelo governo dos EUA para ativar a fase “Crypto” de sua Operation Choke Point.
4- Atividades de risco climático, o “herege” da vez
Alemanha, China e Estados Unidos da América são exemplos de potências econômicas que decidiram pela Economia Verde, o que pode significar o banimento de atividades econômicas de matriz energética dos hidrocarbonetos. Por exemplo, na conferência “Alemanha e China – Parceiros de Transformação de Energia: Truques de Crescimento”, o então ministro das relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, discursou em Beijin, em abril de 2016, sobre a “digitalização”, o “crescimento verde”, a “economia criativa” e a agenda econômica estratégica, abrangente e de longo prazo da China, chamando a atenção para o fato de ambas as potências serem os países mais populosos de seus respectivos continentes, da necessidade de manutenção da paz e exortou os chineses à 1) utilização mais econômica dos recursos ambientais, 2) redução da poluição e do impacto ambiental sobre o clima e 3) promoção da dissociação do crescimento econômico com o consumo de recursos naturais, de forma gradual. O discurso de Steinmeier se coaduna com o 13º Plano Quinquenal da China (2016-2020), que estabeleceu política de desenvolvimento econômico inclinado à inovação digital e à “economia verde”, com destaques para a 1- previsão de aumento do PIB per capta para US$ 7,800, 2- mais segurança jurídica e aperfeiçoamento do sistema legal para eficácia das leis antipirataria e direitos humanos, 3- aumento da concorrência – leia-se maior abertura ao capital estrangeiro – nos setores elétrico, de telecomunicações, transporte, petróleo e gás natural e outros serviços públicos de monopólio do Estado, 4- ênfase na cybereconomia, com a implementação do programa “Internet+” de desenvolvimento por meio da integração de tecnologia da informação às atividades manufatureiras, 5- maior autonomia política e econômica às Universidades, 6- reformas no campo e garantia de direitos de produção agrícola, 7- segurança alimentar de grãos, 8- reforma fiscal, 9- reforma financeira para incentivar investimentos, 10- melhoria dos meios de subsistência nas grandes cidades, 11- assegurar direitos de agricultores, mesmo àqueles que trabalham nas cidades, por conta do crescimento acelerado das favelas, 12- promoção da cultura on-line, com a integração das mídias tradicionais com a eletrônica, e aceleração da digitalização, 13- reforma das forças armadas até 2020, 14- “desenvolvimento verde”, 15- proteção do meio ambiente e fontes de recursos naturais, 16- incentivo ao uso de veículos elétricos, 17- proteção de fontes de água potável e lençóis freáticos, 18- sistema de monitoramento em tempo real de emissores de agentes poluentes, 19- proibição do desmatamento e incentivo ao reflorestamento, 20- maior abertura do mercado financeiro, 21- política de cooperação internacional no espaço, internet, profundezas do mar e pólos norte e sul, 22- aumento de investimentos para redução da pobreza, 23- reforma do ensino para alcançar padrões internacionais, 24- cooperação empresa-escola para produzir mão-de-obra qualificada, 25- maior cobertura social aos residentes na China, 26- “ajustes razoáveis” nos fundos-de-pensão, 27- aumento gradual da idade mínima de aposentadoria, 28- seguros de saúde suplementar, 29- reforma “avançada” dos hospitais públicos, 30- permissão para que cada casal tenha até dois filhos, 31- aprendizado acerca da estrutura de liderança e maior profissionalização de recursos humanos, 32- proposta de criação de um banco-de-dados nacional com informações básicas acerca da população, para melhoria dos serviços de crédito pessoal e de resposta às questões de saúde mental (Fonte: Nota Analítica “Cybereconomia” e “Crescimento Verde”: Principais Agendas da China, publicada no CEIRI Newspaper de 15 de julho de 2016). A Inteligência Financeira dos EUA monitora os planos de seus adversários – um deles suspeito de ser o criador do Bitcoin, sob o pseudônimo “Satoshi Nakamoto” – e decidiu contra-atacar com enfoque justamente nos bancos, o ponto de estrangulamento das exchanges, as corretoras de valores criptografados que representam a união entre as moedas privadas, as finanças descentralizadas e processadoras de pagamento/empresas meio de pagamento/empresas braço-financeiro. A maior delas, a Binance, nasceu justamente na China.
5- Empresas braço-financeiro de organizações criminosas devem ruir
Processadoras de pagamento, empresas de intermediação de negócios e fintechs em geral ou mesmo postos de combustíveis, lojas de conveniência e escritórios de assessoria e contabilidade ou quaisquer empresas, de fachada ou com substância econômica, que efetiva ou comprovadamente foram usadas por organizações criminosas (OrCrim) para a “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, devem ser alvo de bancos, corretoras de valores e instituições financeiras diversas – e até mesmo exchanges -, que devem bani-las da sua listagem de clientes se não quiserem ser alvo de Agentes reguladores como o Banco Central do Brasil (Bacen), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e até da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), afinal, sua empresa tem um site, não é mesmo? Esperamos que com a Crypto Operation Choke Point 2.0 ao menos diminua o ataque global e em massa das corretoras de valores que praticam fraude (“scam”) com a ajuda de empresas meio de pagamento diversas. As corretoras picaretas foram denunciadas pelo jornal The Times of Israel em sua aclamada matéria “Os lobos de Tel Aviv: o vasto e amoral esquema de opções binárias de Israel exposto – Uma indústria que movimenta centenas de milhões de dólares, empregando milhares de pessoas, está cinicamente enganando potenciais investidores ingênuos em todo o mundo por meio de uma série de práticas corruptas. Está causando danos terríveis às suas vítimas e corre o risco de fazer o mesmo com a reputação de Israel” e pelo site Today News Headlines (TNH) na reportagem “Expondo o Esquema FSM’…” sobre o vastíssimo e tentacular grupo de fraudes online ainda em operação no mundo todo e que já fez milhares de vítimas e fraudou US$ Bilhões. Para se proteger e tentar escapar da crise financeira, você deve ficar longe de empresas que praticam atividade criminosa e operações financeiras suspeitas, e você consegue identificar essas empresas e/ou operações suspeitas seguindo os roteiros destes 3 artigos: 1) Marketing Multinível, Pirâmides Financeiras Atuais e Outros Golpes no Mercado; 2) ReclameAQUI ou “Reclame Aqui”? 5 Empresas de Reviews para Due Diligence, Compliance e Prevenção de Perdas; e 3) Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Isso é da Minha Conta? – 10 (Dez) Maneiras de Identificar Operações Suspeitas.
Empresas não enquadradas na chamada “Economia Verde”, como produtoras de óleo e gás, podem ser prejudicadas em uma futura fase “Ambiental” da Operation Choke Point, como a Petrobras foi durante a Operação Lava Jato, de 2014, fortemente influenciada na época pela indigitada Operation Choke Point.
6- Contrainteligência Financeira dos EUA em ação
As ações mundiais de controle social e contrainteligência financeira e cibernética dos EUA, contra alvos como a China, Rússia ou mesmo Brasil, nas suas posições de liderança e que representam ameaça às indústrias americanas, remetem à Sun Tzu (544 a.C. a 496 a.C.), o pai da espionagem e autor de “A Arte da Guerra”, em suas magistrais “Regras Para a Subversão Política e Psicológica: Não existe arte mais elevada do que a de destruir a resistência do inimigo sem uma luta em campo aberto. A tática direta da guerra está apenas necessariamente no campo de batalha, mas somente as táticas indiretas podem levar a uma vitória real e duradoura. Tudo que representa valor no país inimigo deve ser subvertido. Os emissários das grandes potências devem ser implicados em crimes comuns e suas posições devem ser solapadas e suas reputações destruídas também de outras maneiras ao mesmo tempo que são expostos ao ridículo perante seus concidadãos. Não evite a ajuda de outras pessoas, por mais baixas e desprezíveis que elas sejam. Perturbe o trabalho do seu governo por todos os meios ao seu alcance. Espalhe a desunião e a disputa entre o povo do país inimigo. Jogue os moços contra os velhos. Use todos os meios para destruir suas armas, seus suprimentos e a disciplina das forças inimigas. Desmoralize as velhas tradições e os deuses que veneram. Seja generoso com promessas e recompensas para comprar informações e aliciar cúmplices. Envie agentes secretos seus em todas as direções. Não poupe dinheiro nem promessas pois trazem sempre grandes lucros” (GEHLEN, Reinhard. O Serviço Secreto. Editora Biblioteca do Exército – 1972). A guerra começou e é diferente de tudo que você já viu pois é uma mistura de guerra híbrida com guerra assimétrica ou guerra de guerrilha com guerra econômica em que são atacadas as finanças do inimigo. Espere para ver quanto vai custar o barril do petróleo, o gás, o ouro e o Bitcoin em 2023.
7- Como lucrar com a crise financeira e a Crypto Operation Choke Point 2.0
No curto prazo, comprando Bitcoin. A rainha das criptomoedas e dos ativos virtuais pode valorizar no curto prazo com a “quebra” de bancos e a desvalorização de stablecoins com a perda das moedas fiduciárias custodiadas nessas instituições financeiras e que alegadamente serviam de lastro de moedas virtuais atreladas ao dólar. No médio prazo, comprando ouro. Em toda crise financeira e do sistema financeiro tradicional o ouro, geralmente considerado a mais sólida reserva de valor, aumenta de valor pelo aumento da sua demanda (leia o artigo Como Investir em Ouro – Pandemia, Recessão e Febre do Ouro). No longo prazo, comprando ações de companhias sólidas em setores perenes vinculadas a Economia Verde, que você descobre quais são com a leitura do artigo Água, 7 Motivos Para Investir.
Veja também
Artigo Muito Além do Bacen Jud: 7 Sistemas de Busca de Bens do Devedor na Justiça
Artigo Trust, Sociedade Anônima, Fundação, Instituto – Como os Ricos Realizam Blindagem Patrimonial
Vídeo-aula História de Inteligência Financeira – Investigação Forense – O Que é Lavagem de Dinheiro?
FIM
GUIA PRÁTICO
Briefing SPQR – Serviço de Pesquisa e Qualificação de Riscos®
Manual de Compliance, Due Diligence & Inteligência Financeira Para Proteção e Recuperação de Ativos
O que você aprenderá
- Inteligência Financeira & Investigação Patrimonial;
- Identificação de bens do devedor e interpostas pessoas (“laranjas”) usados na ocultação de bens;
- Classificar ativos financeiros e locais de registro ou custódia;
- Localizar pessoas, empresas e bens para a recuperação de ativos;
- Identificar grupos econômicos e grupos familiares, bem como provas da conexão entre eles;
- Devidas diligências (“due diligence”) para prevenção de perdas;
- Compliance conheça seu cliente (KYC, na sigla em Inglês) para prevenção de calotes e atender ao Bacen, CVM e Susep na prevenção de lavagem de dinheiro;
- Compliance conheça seu empregado (KYE) para prevenção de fraudes internas;
- Compliance conheça seu sócio ou parceiro de negócios (KYP) para prevenção de fraudes externas;
- Compliance conheça sua transação (KYT) para prevenção de lavagem de dinheiro;
Requisitos
- Ser usuário pesado de Internet;
- Formação em Direito, Contabilidade e Administração será um facilitador;
Descrição
Com o Briefing SPQR – Serviço de Pesquisa e Qualificação de Riscos® você aprenderá sobre as classes de ativos financeiros, seus locais de registro e custódia, em nome de pessoas, organizações ou interpostas pessoas (“laranjas”), averbados ou não, informados ou não na Declaração de Rendimentos do IRPF ou IRPJ. Entender como o devedor realiza a chamada “blindagem patrimonial” e outros esquemas de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores é importante para aumentar as chances de sucesso de sua Execução ou cobrança administrativa. A intenção deste curso é dar clareza e profundidade acerca do assunto “Busca de Bens do Devedor”. Ao final do curso, e se seguir o Briefing, o roteiro de buscas de bens no Brasil e EUA, o aluno conhecerá praticamente todas as classes de ativos financeiros e saberá o que devedores ricos, bem sucedidos e bem assessorados fazem para proteger seus ativos financeiros dos credores e seus Advogados.
METODOLOGIA
Nosso Manual de Compliance, Due Diligence & Inteligência Financeira Para Proteção e Recuperação de Ativos tem uma introdução com conceitos básicos da Atividade de Inteligência e Inteligência Financeira e melhor aproveitamento do Briefing SPQR, um briefing secreto de busca de bens, roteiro hands-on que permite qualquer pessoa com acesso à Internet localizar bens do devedor e descobrir por meio de qual CPF ou CNPJ ele realiza a ocultação de bens. O curso é escrito, porém, com links que remetem aos sites e sistemas de informações públicas.
Para quem é este curso
- Credores e Advogados de credores;
- Interessados em Inteligência Financeira;
- Interessados em investigação Patrimonial;
- Pessoas com interesse na busca de bens para solucionar casos próprios;
- Profissionais Analistas de Inteligência Financeira;
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- Para quem não quer mais ser enganado;
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Fácil, barato e eficaz. O Método da Inteligência & Força Bruta (I&F) tem SNIPER, SISBAJUD, CNIB, SREI, CENSEC, CCS-BACEN, SIMBA, CRC JUD, NAVEJUD do SISGEMB etc., são dezenas de modelos de petições de busca de bens na Justiça. Use cada petição, de forma sistemática, uma-por-uma, até solucionar sua Execução.
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SOBRE O AUTOR
MARCELO CARVALHO DE MONTALVÃO é diretor da Montax Inteligência, franquia de Inteligência & Investigações que já auxiliou centenas de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas como The Coca-Cola Company (Atlanta-USA), PSA Group (Peugeot Citroën), Cyrela, LG Eletronics, Localiza Rent A Car, Sara Lee, Kellog, Tereos, Todeschini, Sonangol Oil & Gas, Chinatex Grains and Oils, Generali Seguros, K-SURE, Estre Ambiental, Magneti Marelli, Banco Pan, BTG Pactual, Banco Alfa, W3 Engenharia, Geowellex, Quantageo Tecnologia e muitas outras marcas.
Especialista em Direito Penal Econômico e solução de crimes financeiros como estelionato (fraude), fraude a credores, fraude à execução, evasão de divisas e “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
Autor do livro Inteligência & Indústria – Espionagem e Contraespionagem Corporativa.
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