Depois da luz do sol, o principal recurso natural é a água. Sem água você não dura uma semana.
Mas, ao contrário da luz do sol que você não controla senão se mudando para os trópicos, a água você tem acesso mediante o mar, nascentes de rios, barragens e desvios.
Nesse artigo vamos explicar porque investir em água ou ações de empresas que a controlam pode revelar uma grande jogada para os próximos 10 anos.
Se você é um investidor conservador, ao invés de um apostador ou especulador, e gosta de investir em ações de companhias listadas na Bolsa de Valores ou outros instrumentos do mercado financeiro, fique conosco! Dar-te-emos alguns bons motivos para investir com segurança.
Mas, atenção, isto não é uma recomendação de investimentos senão um conteúdo rico de Inteligência Financeira com caráter pedagógico acerca de uma tendência do mercado financeiro.
O que você vai ler aqui:
7 motivos para investir em água
1- Todos compram água, do nascimento a morte
2- Água, necessária em toda e qualquer indústria
3- Água mineral, um negócio bilionário
4- Água produz energia “limpa”, ESG
5- Água doce é um recurso escasso
6- Água é o novo petróleo
7- Água atrairá primeiro investidores, depois, conquistadores
Como investir em água
Fundos de investimento
Ações de empresas que controlam a água
Terras com água
Nossa intenção não é convencê-lo a investir em água senão fazê-lo pensar sobre essa tendência mundial.
Aqui vão 7 dos principais motivos pelos quais investir em água em suas múltiplas modalidades.
A identificação e aproveitamento de tendências é uma forma de Inteligência Financeira e Proteção Patrimonial.
Vamos lá!
7 motivos para investir em água
#1- Todos compram água, do nascimento a morte
Nascemos da água, do líquido amniótico dentro da placenta do útero materno. Portanto, sua mãe bebeu água. Ao nascer, somos lavados em água. Passamos a vida toda a beber água, sem ela não sobrevivemos. Ao morrer, nossos corpos sem vida são lavados em água.
Mesmo quem não pagou pela água que utilizou a vida inteira porque se aproveitou de uma nascente, rio, córrego ou igarapé que passa em suas terras teve de pagar mais por essas terras ou recebeu de herança de quem pagou mais.
Terras com água valem mais!
#2- Água, necessária em toda e qualquer indústria
Da indústria de água mineral e bebidas engarrafadas até a indústria da energia atômica (nuclear) onde urânio e outros elementos radioativos são misturados, passando pela energia elétrica das usinas de turbinas movidas pela força da água doce corrente, a água é necessária em muitas, muitas indústrias.
Das indústrias de beneficiamento ou processamento de alimentos, praticamente 100% das indústrias precisam de água, nem que seja para os empregados lavar as mãos.
#3- Água mineral, um negócio bilionário
Desde que a gigante de água mineral Evian passou a vender água engarrafada na França, na pequena cidade de Évian-des-Bains, à beira do Lago Léman – conhecido pelos vizinhos suíços como Lago de Genebra -, outras marcas como Perrier, Nestlé, Pepsi e Coca passaram a vender água em garrafa.
A fonte de água mineral Evian foi descoberta em 1798, durante a Revolução Francesa, e foi em 1826 a primeira ação de marketing e vendas da água engarrafada mediante autorização oficial do Duque de Savoy. A empresa foi fundada somente em 1869 como Limited Company of Mineral Water Evian-the-Baths com a aprovação imperial concedida por Napoleão III.
Voltando a contemporaneidade, foi quando o líder palestino Yasser Arafat apareceu em uma coletiva de imprensa em um hotel da França com uma garrafa de água mineral da gigante suíça de alimentos Nestlé, no início da década de 1990, que o mundo percebeu que água mineral era um bom negócio.
Até então somente alguns players viam a água mineral como um negócio, afinal, a maioria dos consumidores não queria pagar por algo que saía a preço muito baixo das torneiras.
A Evian sempre atrelou sua marca ao rejuvenescimento e a campanha “Roller Babies” foi um sucesso em 2011.
Uma curiosidade: Como a maioria das cidades europeias, o nome “Évian” também deriva de uma palavra Celta. No caso “evua” que significa justamente “água”.
#4- Água produz energia “limpa”, ESG
A água corrente de rios e barragens é a principal fonte de energia geradas pelas turbinas de hidroelétricas.
E a energia elétrica é uma energia “limpa” muito preconizada pela tendência ambiental, social e de governança do mundo corporativos moderno (ESG, na sigla em Inglês).
Se a água produz energia e tem valor intrínseco por si só, investir em empresas de energia que têm controle e acesso a água doce parece razoável.
#5- Água doce é um recurso escasso
O mundo está crescendo cada vez mais. Já somos aproximadamente 8 bilhões de habitantes. E a população mundial não para de crescer. E todos precisam beber água, ter acesso a água potável para cozinhar e tomar banho… E energia elétrica gerada por barragens de rios e nascentes d´água.
É certo que a o Planeta Terra deveria se chamar “Planeta Água” porque aproximadamente 70% de sua superfície é comporta de água. Praticamente a mesma proporção da quantidade de água no corpo humano.
No entanto, a água do mar precisa ser dessalinizada para ser consumida pelo ser humano, e esse processo custa caro.
Pense comigo, por que o Bitcoin, uma moeda digital privada, sem lastro na confiança de valores e sem valor intrínseco senão como um meio de troca anônimo pessoa para pessoa (peer-to-peer), é tão valiosa? A resposta é “escassez”.
Quanto mais escasso um recurso, mais caro ele será.
E a água está se tornando o mais escasso dos recursos naturais diante do aumento da população mundial.
#6- Água é o novo petróleo
“Dados são o novo petróleo”, é a frase da moda no mundo corporativo.
Mas, se os dados enriquecem muitas pessoas a maioria delas vive sem dados, mas, não vive sem petróleo, a energia para transporte de pessoas e alimentos (que não chegam à sua mesa no tapete do Aladim).
O mesmo não acontece com a água doce, que todos precisam consumir e cujas fontes são necessárias para a produção de energia elétrica, energia limpa da moda.
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#7- Água atrairá primeiro investidores, depois, conquistadores
No livro “O Novo Relatório da CIA – Como Será o Amanhã”, de 2009, que reproduz o relatório da U.S. Central Agency of Intelligence sobre tendências, predições e expectativas geopolíticas do Planeta Terra no ano de 2025, do Jornalista Heródoto Barbeiro, as palavras que mais aparecem no relatório produzido pela principal agência de Inteligência da maior potência bélica mundial são “petróleo” e “água”.
Por que você acha que as principais potências mundiais estão tão preocupadas com a Amazônia, o Pantanal e Aquífero Guarani?
Não precisamos dizer mais nada.
Capa do livro O Novo Relatório da CIA – Como Será o Amanhã que sugere as próximas guerras serão pela controle de regiões com acesso à água doce.
Como investir em água
Fundos de investimentos
Você já deve ter ouvido falar do guru de Wall Street Michael Burry, ue previu o “crash” das Bolsas de Valores de 2008 com a crise do “subprime” (e ficou bilionário com isso). Fizeram até um filme intitulado “A Grande Aposto”, onde ele era o protagonista. E no final do filme ele teria começado a investir em água!…
As práticas corporativas ESG acima comentadas ainda não estavam na moda, no eram sequer vistas como tendências.
Pensando nisso, foram criados fundos de índices (ETF, na sigla em Inglês) como o Invesco Water Resources (EUA) que reúne dezenas de empresas listadas na bolsa de Nasdaq com atividades econômicas de tecnologias de extração, tratamento e distribuição de água.
É um ETF lastreado em ações de companhias de saneamento básico e empresas que produzem equipamentos para a indústria do saneamento e tratamento da água, inclusive tecnologia de dessalinização.
Ações de empresas que controlam a água
Além das empresas de saneamento básico, porque têm acesso a nascentes, mananciais e depósitos de água próprias para o consumo e detêm tecnologias de tratamento e distribuição de água potável, toda e qualquer indústrias que tenha um relacionamento direto e positivo com água doce devem ser consideradas.
Especialmente se essa indústria além da água tiver acesso a outro recurso natural ou produzir energia limpa do padrão ESG, ou seja, com uma pegada ambiental, social e de governança reconhecida.
Montax utiliza como critério de relacionamento positivo com a água doce as companhias com acesso a água listadas nas carteiras do Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE B3 ou Índice Great Place to Work – IGPTW B3 ou Índice Carbono Eficiente – ICO2 B3 ou qualquer outro índice ESG da B3.
Consideramos companhias ideais as empresas de fornecimento de água engarrafada, saneamento básico e geradoras de energia hidroelétricas dessas listas da B3 como a AES Brasil, CEMIG, COPEL, COSAN, CPFL Geração, EDP Energias do Brasil, Eletrobras, ENGIE Brasil, Neoenergia e WEG, essas duas últimas não pelo acesso a reservatórias de água, mas, pela pesquisa, desenvolvimento e inovação para análise de sedimentos em rios de hidrelétricas e soluções para indústrias de saneamento.
Não é a toa que elas são as preferidas de muitos investidores, pois pagam bons dividendos e concentram uma lista de vantagens competitivas de longo prazo.
Terras com água
O indigitado guru do mercado financeiro dos EUA Michael Burry tem um raciocínio, um racional insólito para a questão do investimento em água.
Ao contrário de investimentos em ações de companhias de energia de hidrelétricas que combinam energia ESG com acesso a grandes reservatórios de água doce (Montax), Michael Burry sugere investimentos em terras agrícolas com água doce.
Ao menos é o que se deduz de sua declaração à revista New York em 2010: “Vi claramente que a comida é a maneira de investir em água, cultivar alimentos em terra rica em água e transportá-la para terra pobre em água”.
Segundo Michael Burry, o grande campeão na crise de 2008, “comida é a maneira de investir em água”.
ETFs, ações, terras agrícolas, não importa o investimento desde que combinado com água doce.
FIM
GUIA PRÁTICO
Briefing SPQR – Serviço de Pesquisa e Qualificação de Riscos®
Manual de Compliance, Due Diligence & Inteligência Financeira Para Proteção e Recuperação de Ativos
O que você aprenderá
Inteligência Financeira & Investigação Patrimonial;
Identificação de bens do devedor e interpostas pessoas (“laranjas”) usados na ocultação de bens;
- Classificar ativos financeiros e locais de registro ou custódia;
- Localizar pessoas, empresas e bens para a recuperação de ativos;
- Identificar grupos econômicos e grupos familiares, bem como provas da conexão entre eles;
- Devidas diligências (“due diligence”) para prevenção de perdas;
- Compliance conheça seu cliente (KYC, na sigla em Inglês) para prevenção de calotes e atender ao Bacen, CVM e Susep na prevenção de lavagem de dinheiro;
- Compliance conheça seu empregado (KYE) para prevenção de fraudes internas;
- Compliance conheça seu sócio ou parceiro de negócios (KYP) para prevenção de fraudes externas;
Compliance conheça sua transação (KYT) para prevenção de lavagem de dinheiro;
Requisitos
- Ser usuário pesado de Internet;
- Formação em Direito, Contabilidade e Administração será um facilitador;
Descrição
Com o Briefing SPQR – Serviço de Pesquisa e Qualificação de Riscos® você aprenderá sobre as classes de ativos financeiros, seus locais de registro e custódia, em nome de pessoas, organizações ou interpostas pessoas (“laranjas”), averbados ou não, informados ou não na Declaração de Rendimentos do IRPF ou IRPJ. Entender como o devedor realiza a chamada “blindagem patrimonial” e outros esquemas de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores é importante para aumentar as chances de sucesso de sua Execução ou cobrança administrativa. A intenção deste curso é dar clareza e profundidade acerca do assunto “Busca de Bens do Devedor”. Ao final do curso, e se seguir o Briefing, o roteiro de buscas de bens no Brasil e EUA, o aluno conhecerá praticamente todas as classes de ativos financeiros e saberá o que devedores ricos, bem sucedidos e bem assessorados fazem para proteger seus ativos financeiros dos credores e seus Advogados.
METODOLOGIA
Nosso Manual de Compliance, Due Diligence & Inteligência Financeira Para Proteção e Recuperação de Ativos tem uma introdução com conceitos básicos da Atividade de Inteligência e Inteligência Financeira e melhor aproveitamento do Briefing SPQR, um briefing secreto de busca de bens, roteiro hands-on que permite qualquer pessoa com acesso à Internet localizar bens do devedor e descobrir por meio de qual CPF ou CNPJ ele realiza a ocultação de bens. O curso é escrito, porém, com links que remetem aos sites e sistemas de informações públicas.
Para quem é este curso
- Credores e Advogados de credores;
- Interessados em Inteligência Financeira;
- Interessados em investigação Patrimonial;
- Pessoas com interesse na busca de bens para solucionar casos próprios;
- Profissionais Analistas de Inteligência Financeira;
- Operadores do Direito que desejam vender serviços especializados de recuperação de ativos;
- Para quem não quer mais ser enganado;
- Mais detalhes clicando aqui na página de vendas do Briefing SPQR.
Saiba mais e conheça o conteúdo do curso clicando AQUI.
SOBRE O AUTOR
MARCELO CARVALHO DE MONTALVÃO é diretor da Montax Inteligência, franquia de Inteligência & Investigações que já auxiliou centenas de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas como The Coca-Cola Company (Atlanta-USA), PSA Group (Peugeot Citroën), Cyrela, LG Eletronics, Localiza Rent A Car, Sara Lee, Kellog, Tereos, Todeschini, Sonangol Oil & Gas, Chinatex Grains and Oils, Generali Seguros, K-SURE, Estre Ambiental, Magneti Marelli, Banco Pan, BTG Pactual, Banco Alfa, W3 Engenharia, Geowellex, Quantageo Tecnologia e muitas outras marcas.
Especialista em Direito Penal Econômico e solução de crimes financeiros como estelionato (fraude), fraude a credores, fraude à execução, evasão de divisas e “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.
Autor do livro Inteligência & Indústria – Espionagem e Contraespionagem Corporativa.
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