Marketing Multinível, Pirâmides Financeiras Atuais e Outros Golpes no Mercado

“Vítimas de fraude no mercado financeiro são investidores inexperientes atraídos por trambiqueiros que sabem explorar o gatilho mental da ganância” Marcelo C. de Montalvão Nesse artigo vamos falar de alguns dos golpes mais comuns no mercado financeiro do Brasil e porque trambiqueiros atraem vítimas e conseguem fazer fortunas com o Esquema Ponzi (imagem destacada), também conhecido como pirâmide financeira ou falso “marketing multinível”. E ensinar como evitar fraudes online, como evitar fraudes no cartão de crédito, dar dicas para evitar fraudes em boletos, e como fazer uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Um alerta a Traders e investidores que sabem fazer dinheiro com seu trabalho e empreendedorismo, mas, confiam em promessas que jamais serão cumpridas. Os principais esquemas fraudulentos praticados contra Traders, investidores e o mercado financeiro são os crimes descritos na lei como Estelionato Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações Crime contra a economia popular Crimes contra o sistema financeiro nacional Os esquemas fraudulentos mais comuns, os golpes no mercado financeiros que têm “pegado” muitos Traders e investidores desavisados são: 1- Esquema Ponzi ou Pirâmide Financeira ou Falso Marketing Multinível 2- Esquema Boiler Room ou Falsa Corretora de Valores Mobiliários 3- Esquema Chupa-cabra ou Clonagem de Cartão de Crédito 4- Corretoras de Bitcoin Fraudulentas 5- Mercado de Câmbio ou Mercado Forex (Foreign Exchange) Simulados 6- Empreendimentos Imobiliários Falsos ou Fundos de Investimento Imobiliário Irregulares Você também vai aprender aqui Como evitar fraudes online Como evitar fraudes no cartão de crédito Dicas para evitar fraudes em boletos Alerta a Investidores – Lista negra de falsos bancos e corretoras (por país) Como fazer uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) Como fazer uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Como fazer uma denúncia na Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) Além da prisão dos fraudadores, como Autoridades policiais, fiscais e regulatórias podem ajudar o mercado? Fique conosco e saiba como evitar cair em um desses golpes e o que você pode fazer para denunciá-los. 1- Esquema Ponzi ou Pirâmide Financeira ou Falso Marketing Multinível “Eu disse apenas o suficiente para aguçar a ganância e a curiosidade das pessoas” Charles Ponzi Esquema Ponzi ou Pirâmide Financeira é também conhecido pelas autoridades do mercado financeiro como falso Marketing Multinível, ou ainda, falso Marketing de Rede. São chamadas “pirâmides financeiras” pela sua estrutura piramidal em que os novos integrantes do sistema de pagamentos é uma maioria que sustenta os integrantes mais antigos. Quando cessam as contribuições, a pirâmide desmorona. Falso marketing multinível (MMN) ou de rede porque, sem um produto, serviço ou instrumento financeiro que justifique as contribuições e sua rentabilidade, então o produto é o próprio participante. Sistema parecido com o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e seu “pacto intergeracional“. Mas, isso é assunto para outro artigo. O Esquema é chamado “Ponzi” porque o primeiro caso oficial, relatado pelas autoridades financeiras dos Estados Unidos da América, teve como fundador Charles Ponzi e sua empresa “Securities Exchange Company” (!), na cidade de Boston (MA), em 1920. Charles Ponzi pagava fantásticos rendimentos aos seus investidores com o dinheiro de novos investidores, em uma pirâmide financeira. Ponzi era charmoso e prometia aquilo que todos queriam ouvir. Ele fundamentava o sucesso dos investimentos em cupons de resposta postal internacional, que nada mais eram que Certificados, que poderiam ser trocados nos Correios por selos, usados para envio de cartas com retorno em resposta do destinatário de outro país. Com o Mercado de Câmbio volátil após a 1ª Guerra Mundial, Charles Ponzi alertava seus clientes que “poderiam ser realizados enormes lucros quando Certificados comprados com liras italianas fossem resgatados nos EUA”. A promessa era de lucro de “100% em 3 meses”. Como muitos dos clientes eram ítalo-italianos e no início Ponzi pagava altas remunerações, as expressões “liras italianas” e “enormes lucros” soavam como música nos ouvidos das vítimas. Quando o jornal Boston Post revelou em excelente trabalho de jornalismo investigativo que Charles Ponzi havia sido condenado pela Justiça por falsificar cheques (“Prenda-me se for capaz”?). E que os Correios não confirmaram a aquisição de tantos Certificados, os cupons de resposta postal internacional, o fluxo de novos investimentos foi abruptamente interrompido. A pirâmide financeira criada por Ponzi desmoronou. Charles Ponzi teria aplicado um golpe de ao menos US$ 10 milhões, o equivalente a US$ 100 milhões nos dias atuais. Ponzi não foi o primeiro nem o último estelionatário a aplicar um antigo golpe conhecido nos EUA como “tirar de Pedro para pagar Paulo”, mas, o tamanho do rombo deu a essa fraude um novo nome. Segundo o biógrafo Mitchell Zuckoff, o Esquema Ponzi foi “o primeiro estrondo da década de 1920”, marcada pela mania de lucro fácil e apostas no mercado de ações que desembocariam no “crash” da Bolsa de Nova Iorque em 1929. Ponzi foi preso em 1934 e deportado para a Itália. Em 1941, desembarcou no Brasil, como funcionário da antiga companhia de aviação italiana Ala Littoria S/A. Não durou muito tempo na empresa e foi viver bairro do Engenho Novo, subúrbio do Rio de Janeiro. Nunca mais deu certo nos negócios. Morreu doente e cego e longe de sua esposa Rose que havia ficada nos Estados Unidos e com quem ainda trocava cartas escritas por um vizinho chamado Antônio. Foi Antônio que avisou Rose que seu marido havia morrido de infarto no Hospital São Francisco dia 18 de janeiro de 1949. O crime compensa? Charles Ponzi morreu pobre, doente e cego no Brasil aos 66 anos de idade. Fonte: “Ponzi’s Scheme: True Story of a Financial Legend” de Mitchell Zuckoff. “Comecei meu negócio com literalmente US$ 500. Em 1987, eu era um cara rico”. Bernard Madoff Quase 100 anos depois, quem rivalizou com